sábado, 15 de janeiro de 2011

A busca pela balada perfeita

São nove horas da noite, ela abre o guarda roupa numa busca ininterrupta ao traje perfeito para a balada que acontecerá logo mais.

Após inúmeros palpites, cabides e roupas espalhadas pela cama ela decide por um “look” descolado.

Com o figurino selecionado, ainda há preliminares para escolha de acessórios, perfumes e sapatos.

Cintos, brincos, saltos e uma complexidade de pormenores vão tomando o tempo e se esgotando em possibilidades de combinação.

Com a indumentária posta ela segue ansiosa para o segundo “round”.

Cores, pincéis, texturas, pigmentos e glitters pintam uma ideia de Afrodite.

E assim a “bela” sai à procura de luzes e fumaça.

Música alta, luminosidade baixa e possibilidades de uma boa conversa “zero”.

Quando a aproximação acontece às palavras vão sendo proferidas quase que em monossílabas e a percepção visual é ligada na tomada de 220 vts.

A música toca e o melhor a fazer é deixar o corpo se movimentar no balanço da batida.

Biritas, risadas e olhares se mostram presentes na madrugada.

Nessa hora o traje de princesa se amarrota e o colorido do rosto vai se esgotando no ritmo do passo.

Beijos, afagos, até rolam, mas tão superficiais como os diálogos anteriores.

As luzes se acendem e a música pára sinal visível de “voltar para casa”.

Celulares, MSN, e rede sociais anotados, a despedida camufla a “satisfação pela boa caçada”.

Estacionamento, semáforos, garagem e casa.

A saga termina com direito a muito sono, sonhos e uma bela ressaca!

4 comentários:

Obrigada!!!
e volte sempre!