quinta-feira, 20 de março de 2014

Outono de cada um

Sempre que chega esta estação algo muda
Talvez o ânimo fique escasso, a paciência fique prejudicada ou o sentir melindrado
É momento de não querer ser exemplo - apenas colo
Frustrações, desilusões e conflitos também veem a tona.
Talvez por saber que no outono não haverá o esplendor de outrora
Mas mesmo assim não deixa de mostrar que aqui tem conhecimento...
Ao se sentir cinza...sabe que ainda é parte de algo maior,
Que compreende,  acolhe e espera enxergar a necessidade das mudanças
De estados, estações ou vibrações...
Talvez nessas horas perceberemos que não somos prontos, temos tantas nuances...
Quem sabe assim fique mais fácil aceitar os momentos, recuos e os incontentamentos
E que o ponto da esperança seja a seiva que alimenta e aguarda com coragem as próximas estações.



Natália Prado

segunda-feira, 20 de maio de 2013


Qual é a minha função?

Acredito que desde criança vamos adquirindo funções:
Função de filho (a), neto, primo, sobrinho, amigo, colega, aluno e tantas outras funções...
E conforme a idade avança as funções também caminham neste sentido - passando para mãe/pai, adulto, funcionário/patrão, esposa, marido e assim por diante...
Mas dentre tantas funções qual seria a função mais fácil, ou mais prazerosa ou até mesmo a  função mais importante...?
De tudo que vi até agora e confesso que ainda não foi muito...pois ainda respondo na função de filha adulta....
Acredito que a melhor função seria aquela que nós faz ser útil, em relação às pessoas, a situação e a nós mesmos.
E como é difícil dar utilidade a nossa vida neh? Corremos em tantas direções e quando paramos percebemos quem nem sempre o nosso trabalho está tendo a utilidade que desejamos...
Acho que este seria um bom exercício ...
Deixar que os pensamentos, as ações, as inspirações e expirações sejam úteis a todo meio. E quem sabe um dia a nossa atenção se colocará na utilidade Universal..
Não é fácil,  pois esquecemos sempre do que propomos, mas se for para ser um exercício...
que seja seguido todos os dias e que  me guie para o caminho  de  Ser e Dar utilidade a minha vida!

quarta-feira, 9 de maio de 2012


Já que é para voltar a escrever no 'blog'
Que tal voltar de forma mais sutil e poética?
Vamos ver se desta vez a periodicidade crie vínculos mais duradouros...neh?
Abraços e até breve


LEVE,
Como a fumaça de incensos perfumados,
Como a respiração de quando  se está  sonhando,
Como meus sonhos de criança;


BALANÇO,
Como os das folhas de uma árvore,
Como o vento que passa pela janela,
Como os corpos enquanto dançam;


LUZ,
Que ilumina tantos passos,
Que sempre nos desperta ao amanhecer,
Que clareia  ideias e direções;


LEVE-BALANÇO : é a tradução dos meus movimentos nesta jornada que faz MOVER o que está dentro e fora;
e  que dá continuidade a grande engrenagem  
que por sua vez ...
só tem energia e mobilidade na presença do que 
é imprescindível à natureza humana - LUZ!


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um esboço de realidade


As experiências existem para ser vividas, revividas ou esquecidas?
Abre ciclo, fecha ciclo, meio círculo....
Tanta coisa que separa,
E o que será que une?

Ilusão era o que eu acreditava,
Agora tento procurar a REALIDADE...
Triste, vil ou sutil, não importa,
Desde que ela seja REAL...

Mas o REAL ainda é relativo,
Às pessoas, ao tempo, às dimensões;
Aos lados, ângulos, religiões,
São muitos caminhos sem direções;

É preciso ver a flor;
Respirar o ar, 
Abrir os olhos;
Simples, REAL e natural !


segunda-feira, 14 de março de 2011

Peixe fora d´água

Acho que meu carnaval não foi um dos melhores - foi diferente,
Não que o carnaval não seja uma festa alegre, solta e feliz!
Mas é que às vezes tentamos retomar estados que infelizmente não se faz mais presente
É como:
Tentar sambar num ritmo que não ginga;
Tentar cantar uma música que não toca;
Tentar beber uma bebida que não desce;
E nessas horas saímos correndo para o castelo ou para algo que nos remeta a sensação de segurança e conforto.
Mas depois de refletir, analisar e se situar:
Percebemos que estamos diferentes, ou pelo menos sentimos que estamos;
“Bom” ou “ruim”? – Não deixa de ser relativo e circunstancial. Já que um dia “o diferente” é sinônimo de originalidade e espontaneidade, e no outro te leva à sensação de exclusão total.
Excluído ou incluído você acaba se perguntando qual vai ser o final?
E depois de justificativas e desculpas a “satisfação” vem como prêmio dessa experiência...
É contraditório, mas existe a satisfação por ter revivido a cena, com cenários, personagens e vestimentas parecidos de outrora, porém o enredo e o protagonista não eram mais os mesmos.


sábado, 15 de janeiro de 2011

A busca pela balada perfeita

São nove horas da noite, ela abre o guarda roupa numa busca ininterrupta ao traje perfeito para a balada que acontecerá logo mais.

Após inúmeros palpites, cabides e roupas espalhadas pela cama ela decide por um “look” descolado.

Com o figurino selecionado, ainda há preliminares para escolha de acessórios, perfumes e sapatos.

Cintos, brincos, saltos e uma complexidade de pormenores vão tomando o tempo e se esgotando em possibilidades de combinação.

Com a indumentária posta ela segue ansiosa para o segundo “round”.

Cores, pincéis, texturas, pigmentos e glitters pintam uma ideia de Afrodite.

E assim a “bela” sai à procura de luzes e fumaça.

Música alta, luminosidade baixa e possibilidades de uma boa conversa “zero”.

Quando a aproximação acontece às palavras vão sendo proferidas quase que em monossílabas e a percepção visual é ligada na tomada de 220 vts.

A música toca e o melhor a fazer é deixar o corpo se movimentar no balanço da batida.

Biritas, risadas e olhares se mostram presentes na madrugada.

Nessa hora o traje de princesa se amarrota e o colorido do rosto vai se esgotando no ritmo do passo.

Beijos, afagos, até rolam, mas tão superficiais como os diálogos anteriores.

As luzes se acendem e a música pára sinal visível de “voltar para casa”.

Celulares, MSN, e rede sociais anotados, a despedida camufla a “satisfação pela boa caçada”.

Estacionamento, semáforos, garagem e casa.

A saga termina com direito a muito sono, sonhos e uma bela ressaca!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Metamorfose ambulante

Passamos por vários estágios: embrião,  feto, bebê, criança, adolescente, adulto e idoso. Em cada passagem uma característica vigente, em cada momento um novo aprendizado.
Existem mudanças estéticas como cor e comprimento do cabelo, medida da silhueta ou numeração de calçado.
Mas essas reviravoltas não se fixam apenas em fachadas; já que ideias, conceitos e opiniões também acompanham os "rituais de passagem".
A metamorfose ambulante segue ora como oposto ora reflexo de imagens pré-estabelecidas.
Mudanças intrínsecas se alojam no comportamento fazendo alusão a respiração, seguindo o "ritmo de expiração e inspiração", mudando como o processo semi-automático.
"A velha opinião formada sobre tudo" dá espaço para opiniões não formadas, opiniões desprendidas, não-opiniões e até mesmo o SILÊNCIO.
Como o embrião desenvolve e se torna feto, o preconceito pode se transformar em um "novo conceito".
Nessa lógica não são apenas fotos que ficam obsoletas ou discursos ficam demodê.  
A evolução da história e dos fatos tem esfregado em nossos rostos que antigas VERDADES nada mais são do que atuais MENTIRAS.
Se aparência MUDA com o passar do tempo - opiniões, ações e atuações podem seguir o exemplo.