quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um esboço de realidade


As experiências existem para ser vividas, revividas ou esquecidas?
Abre ciclo, fecha ciclo, meio círculo....
Tanta coisa que separa,
E o que será que une?

Ilusão era o que eu acreditava,
Agora tento procurar a REALIDADE...
Triste, vil ou sutil, não importa,
Desde que ela seja REAL...

Mas o REAL ainda é relativo,
Às pessoas, ao tempo, às dimensões;
Aos lados, ângulos, religiões,
São muitos caminhos sem direções;

É preciso ver a flor;
Respirar o ar, 
Abrir os olhos;
Simples, REAL e natural !


segunda-feira, 14 de março de 2011

Peixe fora d´água

Acho que meu carnaval não foi um dos melhores - foi diferente,
Não que o carnaval não seja uma festa alegre, solta e feliz!
Mas é que às vezes tentamos retomar estados que infelizmente não se faz mais presente
É como:
Tentar sambar num ritmo que não ginga;
Tentar cantar uma música que não toca;
Tentar beber uma bebida que não desce;
E nessas horas saímos correndo para o castelo ou para algo que nos remeta a sensação de segurança e conforto.
Mas depois de refletir, analisar e se situar:
Percebemos que estamos diferentes, ou pelo menos sentimos que estamos;
“Bom” ou “ruim”? – Não deixa de ser relativo e circunstancial. Já que um dia “o diferente” é sinônimo de originalidade e espontaneidade, e no outro te leva à sensação de exclusão total.
Excluído ou incluído você acaba se perguntando qual vai ser o final?
E depois de justificativas e desculpas a “satisfação” vem como prêmio dessa experiência...
É contraditório, mas existe a satisfação por ter revivido a cena, com cenários, personagens e vestimentas parecidos de outrora, porém o enredo e o protagonista não eram mais os mesmos.


sábado, 15 de janeiro de 2011

A busca pela balada perfeita

São nove horas da noite, ela abre o guarda roupa numa busca ininterrupta ao traje perfeito para a balada que acontecerá logo mais.

Após inúmeros palpites, cabides e roupas espalhadas pela cama ela decide por um “look” descolado.

Com o figurino selecionado, ainda há preliminares para escolha de acessórios, perfumes e sapatos.

Cintos, brincos, saltos e uma complexidade de pormenores vão tomando o tempo e se esgotando em possibilidades de combinação.

Com a indumentária posta ela segue ansiosa para o segundo “round”.

Cores, pincéis, texturas, pigmentos e glitters pintam uma ideia de Afrodite.

E assim a “bela” sai à procura de luzes e fumaça.

Música alta, luminosidade baixa e possibilidades de uma boa conversa “zero”.

Quando a aproximação acontece às palavras vão sendo proferidas quase que em monossílabas e a percepção visual é ligada na tomada de 220 vts.

A música toca e o melhor a fazer é deixar o corpo se movimentar no balanço da batida.

Biritas, risadas e olhares se mostram presentes na madrugada.

Nessa hora o traje de princesa se amarrota e o colorido do rosto vai se esgotando no ritmo do passo.

Beijos, afagos, até rolam, mas tão superficiais como os diálogos anteriores.

As luzes se acendem e a música pára sinal visível de “voltar para casa”.

Celulares, MSN, e rede sociais anotados, a despedida camufla a “satisfação pela boa caçada”.

Estacionamento, semáforos, garagem e casa.

A saga termina com direito a muito sono, sonhos e uma bela ressaca!