O ser humano gosta de sentir que tem controle das coisas. Isso deve acontecer porque a sensação de segurança nos remota certo “conforto”.
Gostamos de ficar na “zona de conforto”, pois assim não precisamos pensar - arriscar e mudar.
É cômodo e não exige esforço.
O homem segue sua trajetória colocando grades nas janelas, trancas nas portas, alarmes; uma parafernália para lhe causar a doce ilusão de proteção.
Mas proteger do que ou de quem?
Das catástrofes naturais que nada mais são que consequências da desenfreada modernização, ou dos ladrões, fruto do capitalismo selvagem a qual compactuamos inquestionavelmente.
Somos cada vez mais prisioneiros: da matéria, do sistema, de vontades e das paixões. Achamos que controlamos nossas vidas, mas esse pressuposto é virtual.
Não temos voz para dizer o que pensamos e forças para acionar o que queremos. Preferimos ser marionetes de terceiros do quer ser nós mesmos.
Acomodamos-nos numa “vida” dita como “social”, mas que não se preocupa com a sociedade.
Não temos capacidade ou coragem de mudar o processo. De tirar as trancas e abrir as janelas para a luz penetrar.
Preferimos ficar a espera dos acontecimentos a modificar nosso próprio destino.